Quebra-cabeça

Eu quero, quero muito. Quero possuir a sensação de ter. Sou refém da palavra amor. Carência? Pode ser. Não sei definir ao certo esse sentimento, mas sei dizer que a palavra felicidade está inclusa nessas emoções. Qual é a dificuldade em obter? Todas! Ando tão triste e, aparentemente, tento disfarçar. Meus pensamentos tão confusos e minhas decisões inconstantes. Será que por força do passado e da insegurança? Eu tento, juro que tento. Faço o possível e tenho o impossível como objetivo. Ah! Só não quero depender... De fato, dependo por ser assim, por querer. Então, como mudar isso? Renovação seria a palavra certa? E continuar, será que daria certo? Posso mudar certas atitudes diante do que espero do outro? É tão difícil, sabe... Queria poder me deliciar apenas com o "A" do Amor, não ter cansaço ao procurar certas dores. Eu queria mesmo, era receber, intensamente, as loucuras da paixão e proporcionar, constantemente, cada suspiro do meu reflexo. Será que falta alguma coisa dentro de mim? Ou será que falta alguma coisa dentro de quem amo? Enxergo problemas que não estão ao meu alcance e me dói em saber que não posso fazer quase nada. Queria poder fazer tudo ou quase tudo. Já faço? Aí vem a história de que o amor necessita de dois corpos. Concordo, não só dois corpos, mas duas almas que juntas, correspondem a um só ser. É necessário se entregar por inteiro, nada funciona pela metade. Eu sou, você é, nós somos. Não basta ser SÓ eu ou SÓ você, temos que ser NÓS dois. E quando não somos correspondidos? E quando a escolha é o tempo? Oh, que escolha mais ingrata. Amor não precisa de tempo, ele acontece a cada pulsar de segundo. Eu sei, somos obrigados a refugiar nossas mágoas no "senhor" tempo, "jogar" tudo nele e "deixar rolar".. Né? Pois é! Porém, mais cedo ou mais tarde, percebemos que foi perda de tempo e que a felicidade não pode esperar. Minto em dizer que o tempo é o melhor pra mim, pois nunca será. O melhor pra mim sempre será estar contigo e dizer que te amo. Será que podemos encaixar o último pedaço? Ainda falta um pedaço seu...

Por Eduarda Iannuzzi