sábado, 12 de março de 2011

Rótulo


Conforme a vida vai passando, os acontecimentos vão rolando e os momentos vão acontecendo, percebemos que as pessoas mudam, o clima muda, as situações mudam, os sentimentos mudam. Tudo se transforma. Seja pra bom ou pra ruim. Creio que a facilidade do ser humando decrescer é maior do que não se importar com a vida alheia. Ignoram qualquer tipo de lembrança e "partem pra dentro" - pra viver a vida do outro. Alguns chamam de inveja, outros descrevem como "querer ser o que o outro é", e até existe aquela palavra "incapacidade" como definição. Pois é, junta com uma tal infelicidade e aí já viu, né? Frases pejorativas são aclamadas e defeitos são ressaltados. Mas digo defeitos, não plenos, e sim, fictícios. Haja falsidade inclusa! Quem não sabe fazer direito, faz torto e acaba tentando derrubar o outro. E pra essas pessoas só resta um sentimento: Pena. Ter pena por não alcançarem a felicidade interior. Podem até conseguir esbanjar, num mito de ilusão, que são felizes, mas garanto.. SÓ POR FORA. A alma fala mais alto diante de todos os nossos prazeres e quando não estamos bem por dentro, eis que surge o diabinho pra acariciar nossas intrigas e vontades. Vontades essas que eu resumo em uma: Menosprezar. Vão ao auge da insanidade pra falar, simplesmente, deduzir. Mal sabem o simples e querem chegar ao complexo. A humanidade gira entorno desse ciclo vicioso. E só os capazes de viver de forma justa e coerente, sabem o que é não gostar dessa droga. Até porque, todos já experimentaram, mas só afundam junto, se forem fracos. Fracos de espírito. A "sacanagem" é o hit da playlist infame dessas "criaturas". Ainda bem que inventaram o botão de "ignorar" na cabeça dos sábios.
A compreensão da razão que eu desabafo, só será entendida por aqueles que realmente proporcionam o bem e o amor - sentimento maior - ao mundo. Não sou perfeita, nem você é. Somos misturas de fases, só não podemos nos tornar homogêneos, senão entraremos no rótulo da hipocrisia.


Há como conviver, mas não há como fugir.. Dignidade e força caminham rentes.
Por Eduarda Iannuzzi

Um comentário:

Gustavo Afonso disse...

Infelizmente é a nossa sociedade atual. Nós, da mesma geração e de uma cabeça diferente, temos que conviver com essas coisas...

O texto está ótimo, minha linda!

Beijos!